É preciso ler com o pé atrás as histórias dessa jovem bem-falante, distinta e pensadora. Nas entrelinhas, nas passagens obscuras, nos raciocínios mutilados, nos pormenores aparentemente irrelevantes, ficam inúmeros indícios de um depoimento não apenas da narradora, mas também sobre a narradora. Aí, em lugar de escritora e cidadã, surgem os sintomas da paranóia e da imaginação delirante de uma garota.